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A ERA DO RÁDIO
“Ela é fã da Emilinha e não sai do César de Alencar...”
A popularização das emissoras de rádio fazendo com que a sua mensagem não fosse dirigida apenas ao público, mas “através do público”, como qualifica Mcluhan, fez dele o personagem principal das tramas midiáticas do meio. Era o público que amplificava a voz e a face dos artistas que viravam ídolos, transformando-se em reis e rainhas de um mundo à parte. Pela primeira vez um meio de comunicação fazia dos seus profissionais ídolos massivos.
Assim, era preciso cada vez mais aproximar o público desses personagens. Era preciso também, dar rosto a cada um deles. E as estratégias de aproximação do público dos personagens massivos do rádio e de dar a face a quem, até então, só possuía voz se fez através do surgimento de revistas especializadas no meio, como a Revista do Rádio, mas, sobretudo através de programas que permitiram a aproximação dos ouvintes de seus ídolos. Estava dada a senha para a criação dos programas de auditório que dariam outra dimensão comunicacional à relação do público com o meio rádio.
No final dos anos de 1940 as cinco emissoras de rádio do Rio de Janeiro possuíam auditórios com capacidade de mais de uma centena de lugares, sendo que o da Rádio Nacional podia acomodar 480 pessoas. Algumas emissoras transmitiam seus programas de maior sucesso diretamente dos teatros e os programas de auditório da Rádio Nacional e da Rádio Mayrink Veiga, no caso do Rio de Janeiro, eram os mais populares.
Popularizados por essas emissoras, os ídolos do rádio, sobretudo os cantores, excursionavam pelas cidades do interior, ampliando a escuta radiofônica (e agora, também, a visão radiofônica) além do que era transmitido pelas ondas sonoras.
PODENDO SER DEFINIDO COMO UM GRANDE SHOW DE VARIEDADES QUE SE POPULARIZOU NAS DÉCADAS DE 1950 E 1960, os programas de auditório apresentavam números musicais, ao lado de esquetes de humor, shows de calouros, entre outras atrações. Para os ouvintes, que

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