Mitos e ritos
Mito Etiológico de Origem
(Egito antigo)
A criação do homem
Rá era o grande deus que no princípio apareceu sob a forma de Nun. Diariamente, Rá percorria o seu caminho solar no horizonte. Ele formou a terra e povoou-a de plantas e animais. Ordenou as águas e deu-lhes o seu rumo.
Para criar os homens chorou, e das suas lágrimas surgiram os homens que povoaram a terra. Ofereceu também aos animais o milagre do amor e tornou-os ativos, para que eles pudessem desfrutar da sua existência no mundo.
Depois regulou a duração da noite e da duração do dia. Fixou as estações e fez com que o rio Nilo, sazonalmente, inundasse as terras e depois se retirasse para o centro do vale, para que homens e animais pudessem viver. Para regozijo do país e para que o recordassem, instituiu um calendário de festas.
O mito etiológico explica a origem das pessoas, dos animais e lugares. A partir da imagem de um ser supremo, os egípcios procuraram explicar a origem humana e a de seu território.
Rito de passagem
(Mitologia Grega)
Morte
Nos rituais fúnebres da Grécia antiga, colocava-se uma moeda em cada olho do defunto, as quais serviam para pagar a travessia de Caronte, o barqueiro dos mortos na mitologia grega. Estava encarregado de realizar a travessia dos mortos pelo Rio Estige (Styx), e só transportava almas cujos corpos tivessem sido enterrados com as moedas. Aqueles que eram enterrados sem o pagamento, o castigo era esperar por 100 anos vagando no limbo. As almas penadas e assombrações que vagavam assustando os vivos, eram aqueles que não pagaram Caronte. Na Grécia Antiga acreditava-se que o Olimpo era habitado por inúmeros Deuses, cada qual responsável por uma função na Terra ou nas pessoas. Hades era o Deus responsável pelo submundo, pelo mundo dos mortos, o “inferno”. Logo, o pagamento da travessia do rio dos mortos pode ser chamado de religioso.
O rito