Minas como história do Brasil
Do que trata o texto?
Da tradição historiográfica francesa nas primeiras décadas do século XIX à partir de uma reorganização do Império Português com a vinda da Corte Real para o Brasil e pela Independência do Império brasileiro. Análise de conceitos como colonização, revolução e a experiência de tempo, mostrando como esses conceitos eram mobilizados em torno de características pré – modernas do conceito de história, sofrendo apenas alteração no sentido de compreender a história como ruptura com o passado, isso a partir de 1830.
Introdução:
Leituras do passado colonial da América Portuguesa e nas narrativas sobre o Brasil nas três primeiras décadas do século XIX: crise dos impérios ibéricos e o processo de formação dos Estados Nacionais; a decadência do reino português moldou a experiência de tempo e a constituição das narrativas sobre o passado luso – brasileiro.
Vinda da Família Real - 1808: contribuiu para agravar o sentimento de crise de Portugal.
Solução para amenizar a crise: necessidade de uma escrita de uma história filosófica e geral que solvesse esses problemas. (Não foi cumprida nem por um português e nem por um brasileiro, a primeira tentativa foi de Robert Southey, um inglês).
Sentimento de crise abalou o antigo regime: a América passou a despontar no cenário europeu, passando haver grande interesse pela escrita de sua história.
Brasil, primeira monarquia da América: fez com que aumentasse o interesse pelo país, principalmente na França de Luís XVIII (Restauração do trono francês).
Características que moldaram a narrativa sobre o Brasil naquele momento: o debate acerca do conceito de colonização, havendo contradição no quanto a ela, ora vista como positiva, ora como negativa e de caráter despótico.
RAYNAL, uma leitura negativa da colonização: Raynal coloca a colonização europeia na América como despótica e