militar

Um militar entristecido.

Como de costume nas manhãs em que estou de serviço, e logo cedo na conferencia dos materiais disponibilizados pela viatura de serviço, começo absorver a socialização de informações que são passadas pelo radio amigo, referente tanto aos profissionais como também da corporação do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Alagoas. Na manha de hoje 30/11/2011 uma informação passada como resenha ou no popular como mangação, referente a um companheiro de trabalho mais precisamente de guarnição me entristeceu por demais.
A principal resenha em comentários neste dia e logo no inicio do serviço, fazia uma alusão a um companheiro que tinha se sentido mal em uma formatura militar e, saído de forma para não desmaiar. Esta não foi a primeira vez, que um militar, indo além do que suas forças físicas lhe permite, depois de um exaustivo período em pé, fica sem poder reação e humilhantemente sai de forma.
Digo humilhantemente porque, esse ato de um ser humano ir além do que lhe é permito pelas suas forças físicas, serve de ironias para muitos. Quando não é levado em consideração, que este profissional, deu todo o esforço que estava ao seu alcance, para atender os interesses de quem o comanda. Fraco, criado com vó, criado com papinha de aveia, esses são entre tantos os adjetivos que são titulados a quem infelizmente depois de extenuante período perde as forças. Quem ironiza não leva em consideração a vida do ironizado, seus problemas financeiros, familiares, entre tantos, o profissional é imediatamente taxado de fraco, e para ser bom tem que ser forte. Muitas vezes o que mais me dói viver o militarismo é escutar de alguns, que criticam a fragilidade de um companheiro, se esconder por traz de apadrinhamento para se livrarem das obrigações.
Tal vez, dada a circunstancia da desaceleração das forças físicas passada por mais um companheiro, seja agora uma boa hora de revermos nossos conceitos críticos e conservadores de condenação aos companheiros.