Migrações

MIGRAÇÃO

A migração tem exposto a inconsistência nos discursos neoliberais da globalização. No momento, a “mão de obra se move a conta-gotas e o capital financeiro e o comércio fluem livremente”. A globalização é uma realidade inacabada já que os países desenvolvidos constituem discursos contraditórios, - e também enclaves ao crescimento econômico de países mais pobres. A quantidade de informações é maior e influencia a vontade de migrar. Estaria restrita a governabilidade aos governos ou a agentes econômicos? As assimetrias continuam a impulsionar o deslocamento populacional. Porém não existe um mercado global de trabalho. As diretrizes das migrações podem ser dadas pelos países desenvolvidos à medida que selecionarem os migrantes temporários – configurando a economia do envio de remessas, o que pode incrementar a economia de alguns países ou torná-los dependentes.
A garantia de identidade seria vital para a manutenção da ordem política e a confiança mútua, para a ordem política. A existência de políticas capazes de integrar toda a população é essencial. Mas a globalização ainda não nos trouxe respostas. Enquanto isso os migrantes se encontram vulneráveis ao crescimento de xenofobia e discriminação. Poucos acordos multilaterais sobre a migração foram assinados e, infelizmente, não é possível tratar deste assunto de forma individual. Portanto é preciso buscar maior cooperação entre os Estados de forma que os preconceitos sejam sanados. O aumento do sentimento de insegurança causado pelas ameaças de atentados se reflete em um medo da perda da identidade cultural. Ou as crises econômicas que provocam a ira dos nativos – contra os imigrantes, - diante da falta de empregos, diante a falta de posicionamento dos Estados. As mudanças trazidas com o fim da era bipolar colocaram em questão o surgimento de novas ameaças. O Estado deixa de ser o inimigo, e os ataques podem ser realizados por grupos. O aumento dos fluxos migratórios e os discursos atrelados à