Migrações no Brasil

No Brasil, são muitos os casos de migração, tanto internas como externas. As migrações externas são verificadas, principalmente, no deslocamento de trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho e de vida. Essas geralmente ocorrem em direção aos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. Já as migrações internas são motivadas sobretudo por questões econômicas, mas também por fatores ambientais, como no caso da seca, que afetou, durante anos, a população do sertão nordestino. Percebe-se, assim, que a migração está atrelada a diversos fatores sociais e naturais, sendo determinada por condições de trabalho (salário, emprego...), de educação, de identificação política, e, em certos casos, por desastres ambientais.

A partir da segunda metade do século xx, o deslocamento populacional interno intensificou-se, devido a urbanização, o que acabou por gerar um êxodo rural. Grandes massas populacionais deslocaram-se de regiões mais dependentes da agricultura para regiões em processo de desenvolvimento industrial e urbano. Isso foi verificado principalmente na migração de nordestinos para os centros urbanos do sudeste, especialmente para São Paulo.
Contudo, nos dias atuais, é possível notar algumas mudanças nesse processo. Devido ao “inchaço” urbano das grandes metrópoles, hoje está havendo certa distribuição de migrantes que, primeiramente, dirigem-se para os grandes centros e, depois, em alguns casos, são redirecionados para outras localidades.

Um caso relevante de migração externa no Brasil é o que ocorre em algumas regiões do leste de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce. Um grande número de imigrantes se deslocou ilegalmente, ao longo das últimas duas décadas, para países desenvolvidos, sobretudo para os Estados Unidos, em busca de melhores condições de trabalho.

Os imigrantes envolvidos nesse processo, movidos pela perspectiva de uma melhor remuneração salarial, são geralmente cidadãos de classes baixas, com formação escolar