Mielo
Economia e avaliação da saúde * Economics and health evaluation
"Nenhuma idéia importante é totalmente nova". Winslow
Em maio de 1955, portanto, há exatos cinqüenta anos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou a Publicação Científica n.º 16, intitulada "Lo que cuesta la enfermedad y lo que vale la salud", de autoria de C.E.A. Wi n s l o w. Talvez constitua um dos enfoques precursores do propósito de reduzir o reconhecimento de que a saúde é uma necessidade primordial entre todas àquelas que o ser humano ambiciona satisfazer. Nesse sentido, Winslow foi convincente ao referir que "... será mais fácil obter o apoio que se necessita para desenvolver um programa que não só enrique cerá a vida de cada ser humano, senão que também aportará benefícios econômicos tangíveis à comu nidade que inverte fundos no fomento da saúde". Outras contribuições se sucederam, ampliando a percepção da trajetória histórica do setor saúde e relevando que a mesma tem sido marcada por transformações radicais nas bases técnicas, organizacionais e financeiras da produção de serviços. Por sua vez, o evoluir do processo de globalização, cujas características marcantes são o aprofundamento das desigualdades e da exclusão social, requer a implementação de políticas sociais eficazes em seu impacto e eficientes em sua gestão, de modo a encurtar a distância entre expectativas e realidades. O Estado parece despontar como a única instância capaz de mediar um processo redistributivo, impondo limites à exclusão. Nesse intuito, torna-se preciso deslocar o enfoque das políticas sociais, concebendo-as predominantemente como fator de desenvolvimento e situando o capital humano como um dos capitais básicos para promovê-lo. Daí a importância de se estimular o estreitamento do convívio da economia com as profissões do campo da saúde, de modo que haja uma compreensão satisfatória do potencial do conhecimento econômico a ela aplicável, das formas de combinação de recursos