Midias

Departamento de Geografia

NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO POLÍTICA NO ESPAÇO PÚBLICO: O CASO DOS ESTUDANTES DO “OCUPÂNCIA”
Alunos: Valquiria Aciole da Silva, Iata Anderson Silva Mendonça e Gabriela Franco Duarte Orientador: Leo Name

Introdução Desde o início de 2011, em várias cidades do mundo têm eclodido diferentes manifestações políticas em que pequenas ou grandes multidões protestam no espaço público, seja contra a crise econômica causada pelo sistema financeiro, a ineficiência da democracia representativa ou problemas específicos aos lugares onde ocorreram. Trata-se de atos sociais que apresentam características semelhantes: por um lado, quanto ao uso de redes tecnossociais (Facebook, Twitter) para sua organização, disseminação e mobilização; por outro, pelo fato de maneira alguma abrirem mão da materialidade do espaço como lócus para o protesto e exposição de desejos e vontades, pois sempre se baseiam em performances em espaços públicos que estabelecem territorialidades, ainda que efêmeras (cf. Name, 2012). No panorama brasileiro que espelha tais mobilizações iniciadas na Tunísia, Egito, Chile, Espanha, Grécia e Estados Unidos, a greve de cunho nacional dos professores de instituições federais de ensino superior – dentre as quais universidades e centro tecnológicos, cerca de 90% do total – eclodiu trazendo à tona não apenas a insatisfação dos docentes. A partir da reivindicação dos professores por melhores condições de trabalho e planos de carreira, aflorou também, no corpo estudantil, o desejo por mudança e melhorias nas condições precárias de infraestrutura das instituições públicas de ensino. Os estudantes também estão, quem diria, em greve e, desse contexto, destaca-se a mobilização dos discentes de três cursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): Arquitetura e Urbanismo, Belas Artes e Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (todos locados no mesmo edifício, a Reitoria, no campus da Cidade