microbiota

A formação da microbiota normal, com a qual o homem convive por toda a vida, tem ínicio no momento do nascimento, pois, ao passar pelo canal do parto, ele recebe os primeiros componentes de sua microbiota (TRABULSI, 2005). A microbiota normal distribui-se pelas partes do corpo que estão em contato com o meio externo, isto é, pele e mucosas (TRABULSI, 2005). No que se refere à quantidade como a qualidade, a microbiota não é uniforme e cada região do corpo apresenta a mesma com características próprias (TRABULSI, 2005).
Na pele predominam as bactérias dos gêneros Staphylococcus, Corynebacterium e Propioniobacterium. Menos frequentemente e em menor quantidade são encontrados Streptococcus e outras bactérias (TRABULSI, 2005). O Staphylococcus epidermidis encontrado em 90% das pessoas e o Staphylococcus aureus, em 10 a 40%. Ocorre inversão desses constituintes em indivíduos que trabalham em hospitais (50 a 70%). 20% das mulheres são portadoras vaginais de Staphylococcus saprophyticus, sendo uma das causas mais frequentes de infecção das vias urinárias nas mulheres jovens ( 20 a 40 anos). A maioria das bactérias da pele reside na superfície do estrato córneo e na parte superior dos folículos pilosos (TRABULSI, 2005).
Na cavidade oral e vias aéreas superiores predominam Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Bacterioides, Actinomyces, Treponema, Mycoplasma e outros (TRABULSI, 2005). Na vagina a microbiota varia segundo a idade indo de Lactobacillus sp. até Corynebacterium, Staphylococcus e Escherichia, sendo que, essas mudanças seguem padrões de variações do pH (TRABULSI, 2005).
Como foi exemplificado cada região apresenta microbiota normal com características próprias que estão em equilíbrio com outros micro-organismos e também com o sistema imunológico do indivíduo evitando o surgimento de doenças. Quando o equilíbrio é rompido e/ou micro-organismos estão em regiões fora da habitual as doenças surgem (TORTORA, 2005). Nesse contexto, o médico húngaro Ignatz