Micorrizas

MICORRIZA ARBUSCULAR EM ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS NATIVAS
DE OCORRÊNCIA NO SUDESTE DO BRASIL1

Marco A. C. Carneiro2, José Oswaldo Siqueira3, Fátima M.S. Moreira 3, Dulcinéia de Carvalho4,
Soraya A. Botelho4, Orivaldo J. S. Junior5

RESUMO: Relata-se a ocorrência de micorriza arbuscular (MA) em 101 espécies arbóreas e arbustivas nativas do sudeste brasileiro em condições de casa de vegetação, viveiro, campo em condições de cerrado (Brasilândia - MG) e na mata semidecídua localizada no campus UFLA.
Micorriza arbuscular só não foi encontrada em 8 % das espécies estudadas, sendo estas representadas pelo: angico amarelo - Peltophorum dubium e Bauhinia - Bauhinia pulchella
(Caesalpinioideae); tento - Ormosia arborea; jacarandá do campo - Machaerium acutufolium e jacarandá banana - Swartzia langsdorffii (todas Papilionoideae); pinha do brejo - Talauma ovata
(Magnoliaceae); canafístula - Dimorphandra mollis (Mimosoideae) e pau terra - Qualea paraensis (Vochyseaceae). Em algumas espécies [guatambú (Aspidosperma parvifolium), jatobá
(Hymenaea courbaril) e sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides)] verificou-se inconsistência na incidência de MA. Nas amostras de raízes de mata verificou-se elevada colonização em 90% das espécies, sendo verificado o contrário no cerrado e nas amostras coletadas no viveiro. Ficou evidenciado a ocorrência generalizada das MA nas espécies arbóreas tropicais.
Palavras chave: Espécies tropicais, micorrizas arbusculares, matas nativas, mudas, viveiros, simbioses radiculares.

1

Trabalho financiado pelo convênio UFLA/FAEPE/CEMIG e pela FAPEMIG.
Eng. Agrônomo, Aluno do curso de Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas-UFLA, Bolsista do CNPq.
3
Professor do Departamento de Ciência do Solo - Universidade Federal de Lavras - Bolsista do CNPq.
4
Prof. do Departamento de Ciências Florestais - Universidade Federal de Lavras.
5
Pesquisador Embrapa/CPATSA - Petrolina, PE.
2

CERNE, V.4, N.1, p.129-145, 1998

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