Micologia Forense

Micologia Forense

Introdução
Um importante ramo da micologia (estudo dos fungos de todos os tipos) é a chamada
Micologia Forense e se relaciona à atuação dos fungos na criminalística. Assim como na Entomologia
Forense (aplicação do estudo da biologia de insetos e outros artrópodes em processos criminais) a micologia também pode ser utilizada como uma ferramenta para auxiliar na elucidação das questões decorrentes durante todo o processo investigativo (Carter e Tibbett, 2003). Espécies fúngicas apresentam distribuição restrita e específica, exigências ecológicas, produção de esporos sazonal e outros fatores úteis para a Tanatologia (Gunn, 2006).
O principal objetivo da Micologia Forense é, a partir de estudos feitos em fungos relacionados ao crime, levantar dados que possam ser pertinentes ao processo criminal (HawkswortheWiltshire,
2011). Dentro das possíveis aplicações podemos incluir fornecer evidências do crime, estimar intervalo pós-morte, determinar intervalo de deposição, investigar causa da morte e localização dos corpos. Este texto tem como objetivo especificar quais microrganismos estão envolvidos em cada um dos processos evidenciados e como os pesquisadores os explicam

Evidências do crime
Como outros palinomorfos, esporos de fungos e outros vestígios podem ser captados por qualquer objeto em contato com eles e estão sujeitas a considerações tafonômicas semelhantes
(Wiltshire, 2009). Em geral, qualquer superfície palinífera produzirá palinomorfos, mas as principais fontes em investigações criminais são solos, sedimentos e vegetação. Ao contrário das plantas, os fungos (incluindo fungos líquen) também podem crescer, por exemplo, em pedras, tijolos, telhas, objetos de madeira, couro, plásticos, borracha e têxteis (Allsopp, Seal e Gaylarde, 2004). Seus esporos podem, assim, fornecer evidências residuais em situações onde, outros palinomorfos são escassas ou ausentes. Até mesmo fragmentos de esporos ou fragmentos de objetos mofados,