Meus

12974 palavras 52 páginas
SEDAC – STUDIUM ECLESIÁSTICO DOM AQUINO CORRÊA
TEODICÉIA[1]
Professor: Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

Nota-se no homem uma pergunta sobre Deus.
O perguntar fala do perguntante.

I. INTRODUÇÃO

1. Definição da tarefa: O tema é a pergunta filosófica sobre Deus. Problema: o tema Deus não é empírico e sim metafísico. Vivemos numa época de suspeita à metafísica, suspeita esta iniciada por Kant quando afirma que só é possível o conhecimento empírico (KrV B 806). Aqui podemos notar, porém, a insensatez da afirmação de insensatez. A idéia de que somente afirmações demonstráveis possam valer como afirmações exatas certamente não é demonstrável empiricamente, de tal forma que, permanecendo com o critério de sentido de que dispõe, é ela mesma completamente insensata. Desde o início nos damos conta de que se trata de uma pergunta filosófica. A palavra filosofia indica desde o início uma aspiração amorosa à verdade absoluta e à sabedoria que nos torna felizes, não porém à sua posse. Agostinho fala de dois erros complementares que são empecilho para achar a verdade: a falta de confiaça na possibilidade de encontrá-la e a suposição de tê-la já encontrado[2]. Trata-se aqui de uma busca científica que é justamente determinada pelo saber de não saber, na medida em que um espírito finito que se interroga sobre o infinito reconhecerá ao final que aquilo sobre o qual se pergunta transcende infinitamente a si mesmo e a sua inteligibilidade. A tarefa é o falar sobre Deus. Antes disso, porém, pode-se olhá-lo sob vários aspectos: ( ONDE falo ( num contexto. Existe um lugar, algo ao redor.
( DE ONDE falo ( a partir do sujeito falante. ( SOBRE O QUE ( no caso, Deus, mas: - a quem? - com que? - por quem? - contra quem? ( COMO ( método

2. Reflexões sobre o método e sobre a realização da tarefa: O pensar Deus na filosofia é uma realidade aporética. À pergunta filosófica sobre Deus não

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