MEUS

1096 palavras 5 páginas
A CANOA

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, ia um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
Companheiro, você entende de leis? Não.
- Responde o barqueiro. E o advogado compadecido:
- É pena, você perdeu metade da vida! A professora muito social entra na conversa:
- Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não. - Responde o remador.
- Que pena! - Condói-se a mestra - Você perdeu metade da vida! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O canoeiro preocupado pergunta:
- Vocês sabem nadar? Não! - Responderam eles rapidamente.
- Então é uma pena - Conclui o barqueiro - Vocês perderam toda a vida!
Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes!
Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato.
Cada uma delas tem algo diferente para nos ensinar...

eitinho, público e privado
Wilson Correia

O jeitinho brasileiro é aquele modo de agir que se coloca para além da lei e da norma ética (BARBOSA, 1992). É por esse caminho que há o emaranhado das relações incestuosas entre o público e o privado, as quais confundem o bem comum com o bem particular, como nos informa Marilena Chauí: “Estamos confrontados com o encolhimento do espaço público e o alargamento do espaço privado” (CHAUÍ, 1992, p. 345). E isso não é de agora.
O encolhimento do espaço público e republicano significa o encurtamento do alcance da cidadania e cidadania é o de que mais precisamos para fortalecer nossa democracia republicana. O alargamento do privado significa o agigantamento do individualismo possessivista, à custa, injustamente, do trabalho do conjunto de cidadãos que compõem um grupo, uma comunidade, uma nação, e de individualismo possessivista nós já estamos fartos.
É nessa onda que assistimos, diariamente, ao bem público sendo usado como se privado fosse. E é pensando nesses descalabros

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