Metrópoles e cidades médias
Londrina surgiu pela atuação da Companhia de Terras Norte do Paraná, um tipo de loteadora que, após comprar terras, derrubou parte da floresta, abriu estradas e organizou a divisão desse espaço em lotes urbanos e rurais, que foram vendidos. A cidade apresentou inicialmente um traçado regular e ortogonal. Devido à propaganda feita pela Companhia de Terras Norte do Paraná com atenção para a “terra-roxa”, e demais motivos como a pobreza e a esperança de uma vida melhor, muitos compraram terras e/ou foram procurar trabalho no norte do Paraná. Em pouco tempo, nas décadas de 50 e 60, Londrina obteve um desenvolvimento econômico impressionante, sobretudo pelo plantio de café. Houve uma expansão do número de loteamentos, e a atuação do mercado imobiliário, bem como mudanças que ocorreram na estrutura social com a perda de influência das elites agrárias, levou a uma expansão imobiliária popular desordenada e irregular, e a uma expansão de conjuntos habitacionais no sentido leste e oeste. Posteriormente, na década de 80, houve uma diversificação dos capitais investidores e surgem os primeiros conjuntos habitacionais ao norte e a leste, com tendência reduzida, tanto por parte do setor público como do privado. Como apresentou Amorim, na década de 90, verifica-se uma ausência de políticas habitacionais, novas tendências no mercado imobiliário e novas frentes de expansão, levando assim, a uma especialização e dinamização dos capitais relacionados aos investimentos imobiliários.
Com a financeirização houve uma dinamização do setor imobiliário possibilitando empreendimentos cada vez mais valorizados. Verifica-se esta dinâmica não só nas metrópoles, mas também em cidades médias por meio da implantação de loteamentos fechados, de