Metrologia tolerância geométrica.pdf

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3. Desvios e Tolerâncias Geométricas

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3. DESVIOS E TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS 3.1 Introdução Em muitas aplicações as tolerâncias dimensionais são insuficientes para se determinar exatamente como deve estar a peça depois de pronta para evitar trabalhos posteriores. Uma comparação entre a peça real fabricada e a peça ideal especificada pelo projeto e mostrada no desenho mostra que existem diferenças. Ou seja, durante a fabricação de peças pelas máquinas-ferramenta, surgem desvios (ou erros) provocando alterações na peça real. Causas dos desvios geométricos: • Tensões residuais internas; • Falta de rigidez do equipamento e/ou de um dispositivo de usinagem; • Perda de gume cortante de uma ferramenta; • Forças excessivas provocadas pelo processo de fabricação (Ex.: Entre pontas de um torno). • Velocidade de corte não adequada para remoção de material; • Variação de dureza da peça ao longo do plano de usinagem e • Suportes não adequados para ferramentas. Tais desvios devem ser limitados e enquadrados em tolerâncias, de tal forma a não prejudicar o funcionamento do conjunto.

Portanto, o projeto de uma peça deve prever, além das tolerâncias dimensionais, as chamadas tolerâncias geométricas, a fim de se obter a melhor qualidade funcional possível. Desvio Geométricos ⇒ São desvios de forma e posição: É um erro do processo de fabricação; Tolerâncias Geométricas ⇒ São as variações permissíveis do erro, ou seja, são os limites dentro do qual os desvio (ou erro) de forma e posição devem estar compreendidos.

3. Desvios e Tolerâncias Geométricas

- 46 Desvios macrogeométricos e desvios

Classificação

dos

desvios

geométricos:

microgeométricos (Rugosidades de superfícies). Os desvios macrogeométricos são definidos pela norma ABNT NBR 6409. A norma DIN 7184 e ISO R-1101 também apresentam os conceitos relativos a desvios e tolerâncias geométricas. 3.2 Necessidades e Consequências das Tolerâncias Geométricas Na maioria dos casos as peças são

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