Metodos e processo
Fisiologia da Produção de Milho
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Introdução
A absorção, o transporte e a conseqüente transpiração de água pelas plantas são conseqüência da demanda evaporativa da atmosfera (evapotranspiração potencial), resistência estomática e difusão de vapor, água disponível no solo e densidade de raízes. A planta absorve água do solo para atender às suas necessidades fisiológicas e, com isto, suprir a sua necessidade em nutrientes, que são transportados junto com a água, sob a forma de fluxo de massa. Do total de água absorvida pela planta, uma quantidade bem reduzida (cerca de 1%) é retida pela mesma. Embora possa-se pensar que há desperdício, na verdade, isso não ocorre, pois é pelo processo da transpiração (perda de calor latente) que os vegetais controlam a sua temperatura. As restrições causadas pela baixa disponibilidade de água do solo ou pela alta demanda evaporativa ativam certos mecanismos fisiológicos que permitem aos vegetais
Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006
escapar ou tolerar essas limitações climáticas, modificando seu crescimento e desenvolvimento, e até mesmo atenuando as reduções na produção final.
Autores
Dentre os mecanismos que podem contribuir para a resistência à seca e que têm sido considerados em programas de melhoramento genético apontam-se: a) sistema radicular extenso e/ou mais denso ou maior relação raiz/parte aérea; b) pequeno
Paulo César Magalhães Engo Agro, Ph.D., Fisiologia Vegetal Embrapa Milho e Sorgo, Cx. Postal 151, CEP 35.701-970 Sete Lagoas-MG. Correio eletrônico: pcesar@cnpms.embrapa.br Frederico O. M. Durães Engo Agro, Ph.D., Fisiologia Vegetal Embrapa Milho e Sorgo, Cx. Postal 151, CEP 35.701-970 Sete Lagoas-MG. Correio eletrônico: pcesar@cnpms.embrapa.br
tamanho de células; c) cutícula foliar (com maior espessura, e cerosidade); d) mudanças no ângulo foliar; e) comportamento e freqüência estomática; f) acúmulo de metabólito intermediário; g) ajuste osmótico; h) resistência à desidratação das