metodologia

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“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”: a frase, falha?

Simone de Beauvoir (1908 - 1986) escreverá no seu famoso O Segundo Sexo: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher". Porém, anos mais tarde, Judith Butler (1956 - ) reclamará o sentido da frase.
A filósofa estadunidense Judith Butler questiona em Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (2008) a célebre frase que Simone de Beauvoir escreveu no final da década de 40, em seu tão famoso O Segundo Sexo: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A frase que é tão célebre quanto o livro por ser uma das bases em que surge a segunda onda do movimento feminista, onde segundo Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy em O que é feminismo (1985), a análise de Beauvoir será abraçada, tanto pela teoria quanto pelo ativismo feminista na década de 60, por tratar-se de uma análise profunda com questões como a biologia, o destino, a cultura, os mitos, o universo em que a mulher se encontra etc.

Então, dentre outras colocações que Butler irá fazer mais tarde relacionada com o livro de Beauvoir, está a da frase, que trataremos aqui. Em primeiro lugar se alguém não nasce mulher, mas se torna, presume que é possível tornar-se, ou melhor, assumir um outro gênero: o macho humano pode assumir o gênero feminino e a fêmea humana pode assumir o gênero masculino, além da possibilidade de assumir algum outro que não seja o masculino/feminino, é simplesmente opcional, uma escolha. Também, se uma pessoa não nasce mulher, mas torna-se, essa compulsão não vem do sexo, qualquer outro corpo que não esteja definido nos padrões do corpo do macho/fêmea humana, assume também ou um dos gêneros binários ou qualquer outro gênero, ou alterna, já que se poderia escolher uma hora tornar-se homem, tornar-se mulher ou tornar-se um outro gênero.

Desse modo, Butler (2008, p. 27) dirá: “É o gênero tão variável e volitivo quanto parece sugerir a explicação de Beauvoir? Pode, nesse caso, a noção de ‘construção’ reduzir-se a uma forma

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