Metodologia Texto Barroso
Capitulo I - Pré-compreensão do tema
1. Pós-modernidade e Direito
O efêmero e o volátil parecem derrotar o permanente e o essencial, assim se caracteriza o pós-modernismo, uma época aparentemente pós-tudo. Vive-se a angústia do que não pôde ser e a perplexidade de um tempo sem verdades seguras.
Toda interpretação é produto de uma época, de um momento histórico, e envolve os fatos a serem enquadrados, o sistema jurídico, as circunstâncias do interprete e o imaginário de cada um, dessa forma é que se busca entender os antecedentes teóricos e filosóficos desse novo direito constitucional, através de uma pré-compreensão.
Através de vários fragmentos, formados nos planos, internacionais em que a globalização como conceito e símbolo é a manchete que anuncia a chegada do novo século, econômicos e sociais, onde a obsessão da eficiência tem elevado a exigência de escolaridade, especialização e produtividade, na política o Estado passou a ser o guardião do lucro e da competitividade, e no plano do direito em que liberdade e igualdade já não são os ícones da temporada. O paradigma jurídico encontra-se agora no caso concreto, para encontrar a melhor solução, singular ao problema a ser resolvido.
A constatação inevitável e desconcertante é que o Brasil chega à pós-modernidade sem ter conseguido ser liberal nem moderno. Herdeiros de uma tradição mansa com os ricos e dura com os pobres, chegamos ao terceiro milênio atrasados e com pressa.
2. A busca da razão possível
A razão é o traço distintivo da condição humana, juntamente com a capacidade de acumular conhecimento e transmiti-lo pela linguagem. É o caminho da justiça, o domínio da inteligência sobre os instintos, interesses e paixões.
Para Marx: a razão não é fruto de um exercício da liberdade de ser, pensar e criar, mas prisioneira da ideologia, um conjunto de valores introjetados e imperceptíveis que condicionam o pensamento independentemente da