Metafísica

Metafísica

A questão metafísica: “O que é?” Uma coisa pode mudar e, no entanto, conservar sua identidade individual; de tal maneira que podemos dizer que ela é a mesma coisa. A metafísica e a investigação filosófica que gira em torno da pergunta “O que é”. Essa pergunta possui dois sentidos: “O que existe” ou “Qual é a essência daquilo que existe?”. A história da metafísica pode ser dividida em três grandes períodos: 1. Período de Platão e Aristóteles (século IV e III a.C.) até David Hume (século XVIII d.C) 2. Período que vai de Kant (século XVIII) até a fenomenologia de Husserl (século XX) 3. Metafísica ou ontologia contemporânea, a partir dos anos 20 do século XX.

O nascimento da metafísica A maneira como tratamos o conhecimento até este momento poderia sugerir que a Filosofia teria começado indagando como nossa razão pode conhecer a realidade. Mas não foi assim que tudo começou. Embora a Filosofia sempre tenha tratado dos problemas do conhecimento verdadeiro, iniciar a atividade filosófica partindo do sujeito do conhecimento foi algo novo que aconteceu a partir do século XVII, com o racionalismo moderno, cujo ponto de partida era a indagação: “Pode nosso pensamento conhecer a realidade?”. Até o século XVII, porém, não era assim que se formulava a indagação filosófica. A questão filosófica era: “O que é a realidade que nosso pensamento conhece?”.

Metafísica ou ontologia? A palavra metafísica não foi empregada pelos filósofos gregos. Foi usada pela primeira vez por Andrônico de Rodes, por volta do ano 50ª.C., quando recolheu e classificou as obras de Aristóteles que, durante muitos séculos, haviam ficado dispersas e perdidas. Com essa sentença – tà meta tà physica -, o organizador dos textos aristotélicos indicava um conjunto de escritos que, em sua classificação, localizavam-se após os tratados sobre a física ou sobre a natureza, pois a palavra grega meta quer dizer “depois de, após, acima de”. Tà: “aqueles”; meta: “após, depois”; tà