metafisica
81 Algumas ações, em verdade, em verdade, não merecem louvor, mas perdão quando alguém faz o que não deve sem sofrer uma pressão superior às forças humanas, e que o homem algum poderia suportar. Os homens podem ser louvados por coisas que lhe causam dor, por um ato nobre. Mas quando é realizado uma ação sem justificativa, é necessário o perdão, e não o louvor.
82 Ora, todo homem perverso ignora o que deve fazer e de que deve abster-se, e é em razão deste erro que os homens se tornam injustos, e em geral, maus. A ignorância também faz a perversidade, já que o homem ignora o correto mesmo sabendo que é errado, ele o realiza, ignorando o que deve fazer, e por essa razão que muitas pessoas são más.
Início do livro II da Ética a Nicômacos
Capítulo 1: a excelência moral assim como a proficiência nas artes, adquire-se pela repetição dos atos conformes a ela.
“...há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento à instrução (...) quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito...”
“As coisas que temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as...”
“...na prática de atos em situações perigosas, e adquirindo o hábito de sentir receio ou confiança, tornamo-nos corajosos ou covardes. (...) Em uma palavra, nossas disposições morais resultam das atividades correspondentes às mesmas”
Comentário: A Ética de Aristóteles tem um objetivo prático, por isso entende que um ato isolado não constitui uma virtude. Porém, se esse ato se tornar contínuo gera um hábito. Os hábitos,