Mestrado

Estudos invasivos e não invasivos nas mensurações do estresse

INTRODUÇÃO

Para sobreviver, o animal deve ser capaz de se adaptar aos desafios ambientais. Estas adaptações são muitas vezes referidas como as "respostas ao estresse", um termo genérico que, na verdade inclui um conjunto heterogêneo de efeitos em todo o corpo, sendo detectada como mudanças comportamentais e fisiológicas. Estas incluem mudanças no processamento sensorial dentro do sistema nervoso central, cognição, função do hipotálamo e hipófise, e neuroesteróides e neurotransmissores, mudanças nas estruturas límbicas como a amídala e o hipocampo, e mudanças na atividade do hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Eles também incluem alterações nos níveis de metabólitos de circulação. Todos estão integrados e fornecem as bases fisiológicas das respostas comportamentais (Sapolsky, 1992). Essa complexidade e o conjunto de mudanças pode variar consideravelmente de espécie para espécie, indivíduo para indivíduo e de estressor para estressor, e pode variar ainda de acordo com a prévia experiência e status hormonal (Cook, 1996, 1998a).
É bem reconhecido que para se compreender a complexidade e integração das respostas fisiológicas e comportamentais para poder desafiá-la, faz-se necessário medir, pelo menos, muitas variáveis. Os recentes avanços na tecnologia biomédica com o uso de novos modelos animais proporcionam a oportunidade de exploração mais sofisticada da complexidade funcional de respostas ao estresse. A utilização desta tecnologia já provocaram novas perspectivas, e podemos esperar ainda mais. No entanto, a nossa capacidade de produzir modelos animais sofisticados deve ser moderada por um compromisso humano de minimizar a invasão de procedimentos por parte dos animais, a ciência se faz necessário para evitar artefatos ligados a procedimentos invasivos, e como benefício, estudaremos os animais em sua 'natural' situação. Não temos espaço disponível para fazermos um relato abrangente de todos os