Meritocracia

Meritocracia:

O termo meritocracia originou-se do latim mereo que significa obter, merecer e pode ser definida como forma de atuação baseada no mérito, na qual as posições hierárquicas e outras recompensas são conquistadas pelos colaboradores que atingem os resultados esperados e apresentam no dia a dia de trabalho as competências de liderança, técnicas e estratégicas estabelecidas previamente pelas organizações.
A meritocracia no Brasil apresenta uma conceituação equivocada sob o ponto de vista das representações sociais, as quais consideram que cobrar resultados, avaliar o mérito e mensurá-los é uma atitude extrema de autoritarismo. À primeira vista, tal modelo de gestão extingue de certa maneira a participação social e, por conseguinte limita o posicionamento dos cidadãos nas ações governamentais. Não que a valorização do mérito e do desempenho profissional não seja importante, muito pelo contrário. O que vejo necessitar é a valorização do mérito daqueles que realmente possuem o conhecimento de causa e exercem suas funções de maneira eficiente e eficaz. Pois dessa forma acabaria o protecionismo e as conveniências nepóticas na administração pública.
Uma administração utilizar-se-ia bem desse modelo meritocrático e ao mesmo tempo com bases de participação popular se promovesse concursos temporários internos, ou seja, processos seletivos para cargos em comissão, ao invés de se apropriar da prerrogativa de escolher quem trabalhar e premiar. Pois dessa forma, haveria maior respeito aos princípios da administração pública, visando uma gestão mais eficiente e serviços mais transparentes, com a participação da população, no ideário da democracia.
Neste tocante, acredito que há a possibilidade do governo realizar uma administração pública mediada pelos princípios meritocráticos, bem como de participação popular à medida que se concentrar em certas posturas que vise, ao mesmo tempo, a eficiência, a eficácia e a produtividade, bem como a valorização do desempenho