MERCADO DAS PULGAS

MERCADO DAS PULGAS – conceito e panorama
RAFAELA BARROS DE PINHO1; EDUARDO ROCHA²
1Universidade

Federal de Pelotas – [e-mail]
Federal de Pelotas – [e-mail]

²Universidade

1. INTRODUÇÃO
As feiras sempre tiveram uma importância muito grande, não só no papel comercial das cidades, mas também em questões de espaço, cultura e trocas sociais.
Como fala Braudel (1998), “A feira é o ruído, a agitação, a música, a alegria popular, o mundo às avessas, a desordem, por vezes o tumulto”.
A investigação dedica-se a descobrir os aspectos sociais e a intervenção no espaço público dessas das feiras de antiguidades, que ocupam de forma nômade, efêmera e atemporal o espaço público das mais diversas cidades, como as seguintes estudadas: Pelotas, Porto Alegre, Buenos Aires, Montevideo, São Paulo e Curitiba.

Figura 1: Da esquerda para a direita: Mercado das Pulgas em Pelotas, Feira da Redenção em Porto Alegre, Feira de San
Telmo em Buenos Aires e Mercado das Pulgas em Montivideo.

As feiras tornam uma espécie de cartão de intervenção urbana, sendo uma ferramenta fundamental na variedade, movimento e experiência das cidades. O universo das feiras não é apenas um ambiente favorável ao comércio, uma feira é, antes de mais, um local de encontro.
Tendo em vista a popularidade que pode ser identificada nas mais diversas cidades, este trabalho busca identificar como as decisões urbanas aliadas aos experimentos ou novos experimentos das pessoas, buscaram atratividade do usuário para as feiras e contribuem com a qualidade urbana do ambiente no qual se inserem, favorecendo assim a relação de compra e venda entre o usuário e o uso do espaço público. As feiras são atividades compreendidas como cenas urbanas que ocupam o espaço público paralelamente as atividades formais e informais, modificando suas características e desenho urbano. Os espaços vão muito além de pontos de compra e venda de mercadorias, são lugares privilegiados, muitas vezes, pontos de encontro