Mensagem importante!

"Esta floresta, agora tão pacífica, deve ter estremecido outrora com os gritos de morte", pensei. E a imagem era tão convincente que até hoje penso ouvir os gritos."

Robert L. Stevenson, A ilha do tesouro

Haviam poucos dias que o décimo sexto dia de seu nome havia passado; ao menos era isso que Pyp, o imediato do navio havia lhe dito. Segundo ele, a noite em que Magnus chegou ao mundo fora negra e cheia de tragédias. A tempestade feroz era um mau presságio, mas nada parecia aplacar o humor de William Schreave que estava ao leme, se embebedando enquanto contava os minutos para a chegada de seu primogênito. Pyp dizia que as ondas que se formaram naquela noite eram tão indomáveis que haviam levado consigo oito homens da tripulação, fossem eles jogados aos mar devido aos solavancos que o navio dava, fosse de maneiras mais medonhas, como um canhão se soltar e literalmente prensar um homem contra o casco do convés. No entanto, nada em meio àquele caos parecia fazer o pessimismo abraçar William. Quando questionado, o capitão disse que o mar estava revolto porque aquele que iria conquistar os sete mares estava nascendo naquele exato momento, e o mar não se curva para ninguém, nem mesmo a um Schreave nascido sob seus domínios.

Após sete longas horas, Cécile finalmente expulsou a criança de seu útero. Essa berrou quase que instantaneamente, chorando a morte da vida passada – era o que dizia a crença. Nesse exato momento, relampejou tão violentamente que pareceu ser dia por um décimo de segundo. Num salto devido ao susto, Tiggy, só teve tempo de cortar o cordão que os unia e quase que instantaneamente – após se certificar que se tratava de um filho varão – entregou o garoto em meio a cobertas aquecidas, nos braços molengas de uma Cécile esgotada. Em seguida saiu da cabine, indo anunciar a boa nova para o capitão que permanecia onipotente como o Black Curse em meio a toda aquela tempestade que, após o nascimento do garoto, começara a se abrandar.

Ao menos era