Memo Rias Valdir Bau

Valdir Baú nasceu na cidade de Carlos Barbosa, no estado de Rio Grande do Sul no ano de 1943.
Em 1951 ingressou no colégio Santa Rosa onde completou o Jardim de infância e o primário (atual ensino fundamental). “Pra ir a escola a gente calçava chinelo ou tamanco e quando nós chegávamos lá, no antigo colégio Santa Rosa, que era de madeira, todos tinham que deixar os calçados do lado de fora da sala para não sujar. De vez em quando, nós fazíamos sacanagem e escondíamos os chinelos e tamancos da gente. Era difícil que alguém fosse de sapato.” Conta Valdir.
Ao ser questionado sobre como ia nas notas, respondeu: “Eu nunca fui nem o melhor nem o pior aluno da escola em toda minha vida. Sempre na metade, e da metade pra baixo, eu nunca fui nem muito estudioso, nem pouco estudioso” .
Baú conta que teve duas professoras que o marcaram muito, primeira, irmã Maria Letícia por ser muito bondosa e atenciosa, segunda a irmã Geraldina, que foi sua professora no 2° ano do primário, que o marcou por ser muito braba. “A gente rezava muito no primário em Carlos Barbosa. Eu tenho bem vivo na memória, pra ter uma ideia, naquela época, não tinha nem água encanada, então no verão, quando era quente as irmãs botavam na porta da sala um balde com uma concha pra gente tomar água, e o banheiro era uma casinha de madeira no outro lado da escola, e quando a gente fazia as necessidades caía em um balde de madeira grande que depois alguém tinha que limpar. Não existia torneira pra lavar as mãos, não tinha nada.” conta Valdir. “ Na época a gente ia para a escola para estudar mesmo, a gente estudava de manhã, de tarde e de noite tinha tema pra fazer, e se estudava também aos sábados, mas a gente não aprendia que nem hoje, porque era uma maneira diferente de estudar, imagina que as irmãs ensinavam geografia pra gente, estudávamos os estados brasileiros e não tinha nem um mapa pra mostrar onde é que era. Hoje é muito diferente. Quando se estudava alguma coisa as irmãs faziam a gente decorar. A