MEE AndreMiranda Et Al

A Clonagem Humana

Introdução Há já bastante tempo que o conhecimento adquirido na biologia molecular, genética e fecundação artificial tornaram possível ao ser humano a experimentação e realização de clonagens no campo vegetal e animal. Esta mesma técnica permite a conservação dos vegetais consumidos por um maior período de tempo e dá a hipótese ao Homem de melhorar o gado geneticamente a fim de produzir apenas carne da melhor qualidade. A primeira clonagem de um mamífero ocorreu em 1997 na Escócia com Dolly, uma ovelha. Desde então, inúmeros casos de sucesso se têm verificado e a comunidade científica questiona-se, agora, sobre a aplicação da técnica da clonagem aos humanos.
Será a clonagem humana a única forma de impedir os constantes raptos e consequentes furtos de órgãos para venda no mercado negro? Será esta a única forma de conceder a pais inférteis filhos geneticamente idênticos? Ou será um risco à diversidade genética humana?

Neste mini-ensaio discutir-se-á se a Clonagem Humana é ou não eticamente aceitável. Para tal, dividiremos, em primeiro lugar, o problema numa série de questões básicas que nos ajudarão a compreender as diferentes teses possíveis para o problema em questão, teses que serão ser enumeradas numa segunda fase. De seguida, exporemos a tese defendida: a clonagem humana é eticamente aceitável em determinados casos, com base na Teoria Consequencialista. Analisaremos também um argumento a favor da ideia de que a clonagem humana é eticamente reprovável em todos os casos como forma de oposição às nossas ideias. Esse mesmo argumento será exposto a um exame crítico a fim de concluir se sempre é mais credível e forte que o nosso. Num último momento iremos reforçar a nossa opinião dado que consideramos a oposição inválida e de fácil refutação.
Problema e Questões Básicas
O problema conceptual valorativo/axiológico, implicado na clonagem humana, pode ser formulado sobre a seguinte forma de frase interrogativa: “Será a clonagem humana eticamente