Medicina do Trabalho

701 palavras 3 páginas
O artigo traz ao debate um tema inquietante na área de saúde do trabalhador, qual seja, o papel do médico do trabalho, no contexto de uma mudança de paradigma das políticas dirigidas às relações saúde-trabalho, a partir do advento do Sistema Único de Saúde.
A medicina poderá ser encarada tão somente como uma técnica, conjunto de habilidades artificiais disponibilizadas para o desígnio do processo teleológico da vida, dada nesta a sua falibilidade e ineficácia para se perpetuar. a medicina-ciência se comporta como um grande afluente de ciências subjacentes e um escoadouro de subciências: suas ramificações – as especialidades médicas. Sem o caráter de valoração qualitativa, e muito mais na linha de subordinação hierárquica, consideraremos nesta discussão as especialidades da medicina como subciências médicas.
Antes, quando a medicina não comportava especialidades, havia uma natural abordagem holística do ser humano em que a medicina buscava o "bem" finalístico da cura, independentemente dos fatores determinantes dos desequilíbrios do "andar natural das coisas da vida". À medida que se complexificaram as variáveis de abordagem, e o conhecimento científico foi se acumulando, a medicina-ciência foi se subdividindo para dar conta dos níveis de exigência requeridos nos campos específicos do conhecimento necessário para atingir o "bem" finalístico.
Pois que à Medicina do Trabalho (MT) não se passa esta índole. A rigor, a MT deveria ser a especialização médica que visa a aprofundar o olhar médico para aquelas enfermidades que, originadas na relação trabalho-saúde, pudessem em ato médico continuado e coerente alcançar o "bem" finalístico da medicina-ciência. Não é, contudo, esta a finalidade da MT, posto que sua posição institucional não é a de tratar e, em conseqüência, buscar o "bem" do paciente, mas antes, ao avaliar a capacidade física do trabalhador de poder continuar ou não trabalhando, muitas vezes o ato médico se traduz na devolução do paciente às fontes

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