Mecanismo da dor
“São inúmeras as definições de dor que se pode observar ao longo do tempo”. Se fizermos uma pesquisa desde a antiguidade até os dias de hoje, veremos que as definições variam de povos pra povos, sofrendo influencias culturais. Se consultarmos o dicionário, veremos também definições interessantes: no caso do Webster, por exemplo, é dito que a sensação dolorosa é algo que se sente quando se está ferido mentalmente e fisicamente; é uma sensação que causa pena, um sofrimento muito grande, gerando angústia e ansiedade. E, ao contrário de Epicuro que dizia que a dor corresponderia ao prazer puro, no Webster, é possível então perceber uma definição que traz uma ideia completamente oposta ao prazer.
No Aurélio, a definição também é um pouquinho diferente, se bem que de um modo geral todas as definições sintetizam uma mesma sensação. Nele podemos encontrar a dor definida como uma sensação desagradável, que pode variar em intensidade, extensão, localização e pode ser produzida por estimulação em terminações nervosas. A dor (ainda segundo o Aurélio) também pode estar ligada a um sofrimento moral ou a uma sensação de aflição e de pesar.Já o Guyton, que faz uma definição mais fisiológica, coloca a dor como um mecanismo de proteção.
Essa proteção vai desencadear no nosso organismo mecanismos que nos fazem reagir ao estímulo causador da sensação dolorosa, afastando-se dele.O que é consenso geral entre os autores de livros de fisiologia, é que a sensação dolorosa, ou a dor de um modo geral, vai sempre apresentar algumas características comuns que independem do tipo de estímulo que está desencadeando a sensação.
A dor sempre vai estar acompanhada de um estado emotivo, mesmo que ela não esteja atrelada a uma sensação de emoção. Por exemplo, um paciente que está expressando o uma dor que está sentindo, causada por estimulação direta dos seus mecanoreceptores, seus receptores sensoriais, vai sempre estar expressando uma emoção junto, seja gemendo, seja se expressando