Materialismo Histórico dialético

Marxismo e o conhecimento histórico dialético
Contexto:
Karl Marx nasceu em 1818 e acompanhou de perto boa parte dos acontecimentos do século XIX. Foi no contexto de frustrações que se seguiram à revolução de 1830 na FR, dos anos de fome na Alemanha, da exploração introduzida pelo capitalismo e potencializada pela industrialização, que surgiu o materialismo histórico dialético.
A teoria sobre o conhecimento histórico:
Marx entendia O Capital como um guia para a ação e não como uma obra teórica na qual ele defendia que a história é, portanto, não um produto de forças extra-históricas mas uma realidade natural, logo não há para Marx nenhuma separação entre natureza e a sociedade – caracterizando o seu caráter materialista em relação à história – e a história pode ser explicada cientificamente como a natureza.
Marx recolheu do filósofo idealista Friedrich Hegel aqueles elementos que enfatizavam o desenvolvimento através do conflito entre forças opostas, contraditórias, ou seja, o método dialético. No entanto ao contrario de Hegel, Marx seguiu os conflitos históricos até suas raízes no modo de produção material e teorizou o que chamou de “ luta de classes”, isto é, a luta que se estabelece entre aqueles que possuem os meios de produção e querem conservá-los e reproduzi-los e aqueles que são despossuídos deles e que para subsistir contam com a sua força de trabalho como objeto de “venda”.
Assim considerando a concepção materialista da realidade, o ponto de partida correto para a produção do conhecimento científico é a sociedade real, histórica, concreta e não as idéias, o pensamento. No entanto, não se trata de descrever o que se vê e sim de construir um campo teórico, os conceitos que permitam desvelar as relações que efetivamente ocorrem na sociedade e que parecem encobertas ao simples observador. “ ..do mesmo modo que para interpretar o movimento aparente dos astros é indispensável conhecer o movimento real, ainda que imperceptível aos sentidos”
Esse ponto