marsahll sahlins

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Fase culturalista[editar | editar código-fonte]
No final década de 1960 o antropólogo que havia se destacado entre os neoevolucionistas subitamente abandonou essa corrente e aderiu a um tipo de determinismo cultural. Tal mudança de posição teórica foi propiciada por sua estadia em Paris, de 1967 a 1969. Ele atacou com o culturalismo a sociobiologia, uma mutação radical da teoria darwiniana. O estruturalismo antropológico, representado por Lévi-Strauss, foi uma das principais influências dessa nova concepção de Sahlins e se destacou por sua contraposição à idéia de progresso. Alguns consideraram esta visão essencialmente conservadora, pois não encontravam nela a possibilidade de mudança.
A crítica ao marxismo empreendida por Sahlins começava pela observação de que “nas culturas tribais economia, política, ritual e ideologia não aparecem como ‘sistemas distintos’; tampouco relações podem ser facilmente designadas a uma ou outras dessas funções.” (pp.219) Logo em seguida vinha a concepção de que “a cultura, a ordem simbólica, dominava em todos os lugares” (p. 221). Do mesmo modo que nas sociedades tribais o foco simbólico envolve relações de parentesco, na sociedade ocidental, espacialmente no caso norte-americano, ele é posto nos objetos manufaturados. A singularidade da sociedade ocidental não está no fato de o sistema econômico fugir à ordem simbólica, mas nas conseqüências estruturais por essa opção. O aforismo de Sahlins exemplifica essa interpretação: “O dinheiro significa para o Ocidente o que o parentesco significa para o Resto”. (p. 222) Portanto, nem o utilitarismo, nem o marxismo, como expressões da consciência em sociedades burguesas, se aplicam aos primitivos.
Como o evolucionismo havia sido abandonado pelo antropólogo, persistia a dúvida sobre como se deu a organização de Estados. O estudo das etnografias sugeriu a possibilidade de esse desenvolvimento estar relacionado com a mitologia: “A função dos mitos, como dissera Malinowski, era justificar o

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