Marc Augé

1567 palavras 7 páginas
Análise Social
Análise crítica – Augé, Marc (2006). Para que vivemos? Lisboa: 90 Graus Editora, p. 11-16 O texto que nos foi dado para análise, é um excerto da introdução do livro “Para que vivemos?” do antropologista francês Marc Augé. Remete-nos para questões relacionadas com as interpretações do senso comum, as representações da colectividade, as cosmologias do presente, e a relação do indivíduo com a sociedade. Fala-nos da “cosmo-tecnologia”, como sendo a cosmologia dos dias de hoje. As cosmologias são referências na construção dos nossos princípios éticos ou morais, são uma realidade colectiva e fazem parte da identidade dos grupos culturais. As cosmologias explicam a ordem natural do mundo, definem os padrões sociais, e traduzem-se em ritos, que ordenam e dão sentido à vida dos homens. São, por isso, tranquilizadoras. Hoje em dia a religião já não cumpre esse papel. Os sistemas de crenças religiosas deixam de ser a base dos nossos princípios morais e éticos, da ordem do Universo, e hoje construímos as nossas ideias e damos sentido à nossa vida através de outros modelos. Para tal facto, contribui em grande escala a evolução da ciência, que põe constantemente em causa o que conhecemos, e a sua aplicação prática no nosso quotidiano, que se traduz nas tecnologias. A tecnologia é hoje parte integrante dos nossos dias, tem uma enorme influência nas nossas interpretações do mundo e da sociedade, regula o nosso tempo e quebra as barreiras do espaço. Funciona como se fizesse parte das nossas capacidades sensoriais, dá uma enorme contribuição para o alargamento das nossas experiências, que hoje em dia vão muito mais além das que vivemos directamente. Está de tal maneira implicada nas nossas vidas que define a ordem e o sentido das coisas, tal como a religião daria sentido ou justificaria certos acontecimentos, hoje a tecnologia desempenha a mesma função, e é por isso igualmente tranquilizadora. É nesse sentido que pode ser equiparada a uma cosmologia: funciona

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