Maquiavel

Formas de governo para Maquiavel
Maquiavel trata de duas formas de governo, os principiados e as republicas. Os principados correspondem ao reino, enquanto que a republica tanto à aristocracia quanto a democracia. Os principados são classificados em principados hereditários e principados novos. No primeiro o poder é passado de pai para filho e no segundo o poder é conquistado por quem não era o príncipe. Para Maquiavel o estado deveria ser governado por um ou por muitos, não especificando que seriam esses muitos. Nos principados hereditários há príncipes que governam sem intervenção, eles tem o poder absoluto e também os que governam com intermediação da nobreza. Nos principados novos há quatro tipos de governo: pela virtú, pela fortuna, pela violência e pelo consentimento dos cidadãos. Na república existem seis espécies de governo: O monárquico, o aristocrático, o popular e suas respectivas formas degeneradas. Maquiavel acredita na lei dos ciclos, para ele o governo pode oscilar entre uma forma boa ou ruim, mas no final do ciclo não há um retorno ao início do governo, o que ocorre é a tomada do estado por um estado vizinho. Maquiavel também defende a idéia de governo misto.
Por ser impossível se retomar ao ponto de partida num governo, as repúblicas não devem cometer os mesmos erros, pois isso a torna vulnerável, para que inclusive algum estado vizinho tome o poder.
"Mas raramente se retorna ao ponto exato de partida, pois nenhuma república tem resistência suficiente para sofrer várias vezes as mesmas vicissitudes. Acontece com freqüência que, no meio destes distúrbios, uma república, privada de conselhos e de força, é tomada por algum Estado vizinho, governado com mais sabedoria" (cap. II).
Para Maquiavel, um governo eficiente é aquele onde todos participam. Os governantes devem compartilhar o poder com o povo, pois assim é possível que o povo venha a aprender determinadas coisas que farão com que haja uma continuidade dos objetivos antes implantados.