Manoel bomfim

1260 palavras 6 páginas
Manoel Bomfim nasceu em 08 de agosto de 1868, em Aracaju (SE). Filho de “senhores de engenho”, Paulino José Bomfim e Maria Joaquina Bomfim. Fez seus primeiros estudos em Sergipe e é considerado um pensador brasileiro da transição do século XIX para o XX, figura mal interpretada e tantas vezes negligenciada chegando mesmo, em alguns períodos, a tomar as vias do anonimato. Ajudava seus pais nos fazeres do latifúndio da família, porém, não tinha afinidade com esse tipo de trabalho, que sua trajetória de vida comprovou. Estudou medicina na Bahia, concluindo o curso no Rio de Janeiro em 1890. Exerceu a função de médico na Secretaria de polícia, casou-se com Natividade de Oliveira e teve dois filhos, Maria e Aníbal. Após a morte de sua filha, abandona a carreira de medicina, decepcionado por não conseguir salvá-la.
A partir daí, dedicou-se à educação, estudando na Europa, pedagogia, filosofia e psicologia, fez sua especialização em Paris, aprofundando seu olhar sobre os métodos de estudos psicológicos, devido à nomeação de diretor da Instrução Pública.
No período em que estava em Paris, foi solicitado a fazer um artigo sobre a América Latina e o Brasil, documento que começou a se estruturar em 1903 e foi publicado em 1905. Nesse livro, considerado como principal e mais original da sua obra, Bomfim tenta explicar o “atraso” da América Latina em relação aos países da Europa, se contrapondo as visões disseminadas na época. Defendeu a tese de que o “atraso” do país e da América Latina, não se explicava pela inferioridade de nosso povo, mas pelo modelo parasitário de colonização que tivemos.
Nesse mesmo livro, Bomfim aponta a educação como sendo a “solução” para os males da América e, em especial a educação das camadas populares. Conforme Alves Filho, Bomfim abraçou “então o magistério como profissão, defendendo a escola pública como instrumento eficaz na construção da cidadania na república nascente” (2008, p. 12). Dedicou-se à educação e, em 1904, participou da fundação

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