Manifestos

Recentemente, uma onda de manifestações, que se iniciou contra o aumento das tarifas do transporte público, tomou conta das ruas do Brasil, indicando um possível despertamento da população brasileira sobre os inúmeros problemas sociais que são vivenciados por ela. As manifestações, há muito, já deixaram de ser apenas em razão do aumento da tarifa, mas já lutam contra a corrupção,por investimentos na saúde e educação, entre outros fatores. No entanto, vários exemplos da história da humanidade apontam que as manifestações populares, por si só, não são suficientes para alterar uma ordem vigente. Será que as populações árabes tiveram suas vidas de fato melhoradas após os protestos que acabaram com a queda de alguns ditadores na Primavera Árabe? Nós, brasileiros, conseguimos acabar com a corrupção após ir às ruas pedir o impeachment de Collor? Não, não é bem por aí e há muito para se discutir e pensar. Dessa forma, será mesmo que a força das manifestações pode alterar os rumos políticos da sociedade brasileira? E até que ponto esses protestos populares são suficientes para mudar a realidade social?
As últimas manifestações políticas no Brasil: vamos conseguir?
O poder de mobilização viabilizado pelas redes sociais na internet é uma tendência mundial. Apenas como exemplo, temos as manifestações políticas articuladas desde o final de 2010 – então chamadas de Primavera Árabe. Como se sabe, a organização e a manifestação da sociedade civil são fundamentais para a construção de uma vida política ativa de um país, de um povo, e dessa forma, têm promovido transformações consideráveis como a queda de ditadores. No Brasil, atualmente, a despeito de não vivermos as mesmas condições políticas que esses países do Oriente, deparamo-nos constantemente com casos de corrupção e de má gestão da coisa pública. Tais acontecimentos também têm mobilizado a sociedade para revelar seu descontentamento através de manifestações.
Mas qual a diferença entre as manifestações da Primavera