Manifestações

As manifestações e seus resultados O Brasil foi despertado de um certo torpor antipolítico por meio de um conjunto de manifestações públicas que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras. Inicialmente estas manifestações foram classificadas como desordem ou baderna por um conjunto de políticos e meios de comunicação. O que começou com um ato reivindicando a redução do valor do transporte público, acabou tornando-se um grande movimento, com forte apelo social, marcado principalmente pelas redes sociais, algo impensável em movimentos passados, onde o povo (autodenominados sem partido) posicionou-se contra o poder público e suas medidas que não visam o interesse comum, e sim o benefício próprio.
Quando olhamos os temas que foram majoritariamente abordados nas redes sociais percebemos, condensação de temas. Podemos dizer que houve claramente um deslocamento do tema do preço das passagens que acabou sendo substituído por três ou seis temas com expressão muito semelhante: o governo Dilma, a Corrupção (esta uma das mais enfatizadas), gastos das obras da copa, a segurança pública, saúde e educação. Neste momento, não ficou claro quais eram as pautas principais do movimento e mesmo quais eram as suas lideranças. Enfim, como dizem O gigante acordou. Durante este período, a sociedade civil brasileira reivindicou a participação em diversas políticas públicas entre as quais vale a pena destacar a saúde e as políticas urbanas. É certo que nunca saberemos de verdade o que foram estes acontecimentos, mas sabe-se que de certo modo algumas das solicitações, principalmente aquelas que se referiam ao custo do transporte público, investimentos em saúde e educação foram, em parte, atendidos.
É preciso pensar que a verdadeira mudança deve ocorrer na transformação do modo como se faz política no Brasil. Hoje, para ser candidato aos cargos, é necessário muito dinheiro e fortes conchavos com aqueles que desejam apenas o poder.
O sucesso das políticas públicas depende, e