Mali

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MALI

Muitas das antigas rotas transaarianas iam ter ao cotovelo do Níger. Próximo ao lugar onde o rio subitamente abandona a direção nordeste e imbica para o sul, erguer-se-ia Gao. De Gao alcançava-se para o ocidente, Gana e Tacrur; para o oriente, seguindo a linha dos paralelos, Takedda e Bilma. Em Takedda havia minas de cobre e sal e em Bilma extraía-se a pedra-ume. De Bilma ganhava-se o Fezzan; e do Air, o lago Chade. Por esses roteiros, os negros e berberes começaram a transportar para mercados distantes o ouro, a pimenta-malagueta, o âmbar, o alúmen, o sal, o cobre, as tâmaras, os tecidos, os artefatos de couro e cavalos. Tudo isso se vendia e comprava onde hoje é Gao e onde os pastores vinham trocar suas reses pelo grão cultivado no banco direito do Níger.
Entre os séculos VIII e IX constatou-se a ascensão da dinastia de Zá. E foi nessa época que Gao se afirmava como importante entreposto do comércio transaariano. A cidade talvez tenha começado a desenvolver-se no banco esquerdo do Níger, próximo ao local onde a este se une o vale relativamente verde do Uede Tilensi, um caminho menos duro pelo Saara adentro. As mercadorias vindas do norte ou do leste passavam, em Gao, dos camelos paras as pirogas dos sorcos, que exploravam os transportes ao longo do Níger. De suseranos de agricultores e caçadores, os Zás tornaram-se chefes de um rico empório e de vasta rede mercantil, por onde passavam o ouro, o sal e o cobre. Por volta do século XI, a corte transferiu-se para Cuquia, para uma nova cidade que ficava na margem direita do Níger, bem em frente a Gao, a fim de controlar melhor o comércio à distância. No início desse século, Gao designava, na realidade, duas cidades. Na margem esquerda do rio ficava a vila dos mercadores, onde eram numerosos os muçulmanos e na margem direita, a do Zá. Zá provavelmente vivia semirrecluso em seu palácio. Usava como a nobreza e os mercadores, túnica e turbante – um turbante talvez parecido ao dos tuaregues, isto é, a

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