Macunaúma - Fichamento

2218 palavras 9 páginas
Fichamento
Macunaíma é um livro de 1928 do escritor brasileiro Mário de Andrade, considerado um dos grandes romances modernistas do Brasil.
A personagem-título, um herói sem nenhum caráter (anti-herói), é um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração pela cidade grande de São Paulo e pela máquina. A frase característica da personagem é "Ai, que preguiça!". Como na língua indígena o som "aique" significa "preguiça", Macunaíma seria duplamente preguiçoso. A parte inicial da obra assim o caracteriza: "No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite.”.
Obra é considerada um indianismo moderno e é escrita sob a ótica cômica. Critica o Romantismo, utilizam os mitos indígenas, as lendas, provérbios do povo brasileiro e registra alguns aspectos do folclore do país até então pouco conhecidos (rapsódia). O livro possui estrutura inovadora, não seguindo uma ordem cronológica (i.e. atemporal) e espacial. É uma obra surrealista, onde se encontram aspectos ilógicos, fantasiosos e lendas. Apresenta críticas implícitas à miscigenação étnica (raças) e religiosa (catolicismo, paganismo, candomblé) e uma critica maior à linguagem culta já vista no Brasil.

Personagens

Macunaíma – Filho de uma índia "tapahumas", entre lendas, mitos e fábulas Macunaíma cresceu e, até os seis anos de idade, recusa-se a falar. Quando, enfim, resolve falar é para dizer: "Ai! Que preguiça”. Macunaíma se divertia espiando o trabalho dos outros e dos irmãos Maanape, "já velhinho", e Jiguê, “na força do homem". Também sentia prazer em cortar a cabeça das saúvas. Não era dado a nenhum esforço e só interrompia o descanso quando "dançava para ganhar vintém". Ficava esperto e espiava quando a família ia tomar banho no rio, todos nus.
Macunaíma fica órfão. Encontra Ci, uma amazona que lhe dá um filho, que morre, e um talismã – a muiraquitã, que lhe é roubada. O nosso herói sai em busca do amuleto. Em São

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