Língua de Sinais

O livro é resultado da curiosida de uma aluna da autora. Essa curiosidade tinha como objetivo identificar qual é o lugar da língua de sinais na sociedade. O livro trata mais profundamente das questões acadêmicas, como por exemplo, qual é o tipo de oferta que a universidade possui para os usuários da língua de sinais, qual é a qualificação dos professores, etc; também fala sobre os surdos e os tipos de doenças relacionadas à surdez. Essa discussão é levantanda pela autora na busca por algumas respostas, as quais ainda não estão muito claras, mesmo após anos da língua de sinais ter sido instituída como língua.
A autora começa sua abordagem mostrando que a língua de sinais não é universal, mas sim, uma língua diversificada, como as línguas orais. Entretanto, existe um grupo de gestos, chamado gestuno. O gestuno é uma espécie de língua padrão que contempla um repertório limitado de gestos, através da qual todos os falantes das línguas de sinais podem se comunicar. Como qualquer outra língua, a de sinais também evoluiu, e evolui até hoje, seja por necessidade estrutural ou cultural. Outro ponto relevante é a questão da gramática da língua de sinais. Seu sistema gramatical existe, porém ele é diferente das línguas orais que respeitam a linearidade sujeito+ verbo + complemento. Essa questão gramatical da língua de sinais é explicada através de alguns parâmetros: a configuração de mão, ponto de articulação e o movimento. Os estudos sobre estes e outros parâmetros da língua de sinais confirmam que ela não é um emaranhado de gestos sem sentido ou mesmo uma simples encenação de mímicas, mas uma língua completa que é responsável pela comunicação entre os surdos.
A língua de sinais é complexa como qualquer outra língua. Ela também possui um alfabeto como as demais línguas orais, no entanto, diferentemente das línguas orais onde utilizamos as letras do alfabeto para formar palavras, a língua de sinais só utiliza o alfabeto para digitar (soletrar) manualmente as palavras.