Lugar dos gregos na história da educação
Existiria um aspecto essencial da educação gregas que norteasse a formação humana? Segundo os textos antigos o estado do homem que alcança a virtude é a Paidéia, ou seja, é a formação total tanto no sentido físico como no espiritual. Uma formação que não visa um fim específico, mas que percorre o tempo se tornando uma matriz que até hoje serve como base para os cursos de humanas. Tanto que o próprio Platão também afirmava que a essência de toda verdadeira Paidéia é que o homem deseje se tornar um cidadão perfeito.
Esse então seria o processo educativo Paidéia. Mas como essa idéia só aparece no séc. V a. C. a melhor maneira para encontrarmos um veio principal, ou, um eixo fundante dentro da dinâmica da educação grega analizaremos um outro conceito identificado como Areté. Palavra esta que trata do cultivo de algumas virtudes humanas tendo em vista um tipo humano idealizado, que oferece um modelo de homem que visa como fim a formação de um ser humano de valor. De maneira que, se aproximando ou se afastando desse ideal se faz com que um homem seja entendido como melhor ou pior.
Quando observamos os pais valorizando uma ação diante dos filhos, eles estão se pautando em um comportamento adequado para censurar outro, ou mesmo estão procurando criar nos filhos um juízo de valor, construindo assim um arquétipo.
A história da educação da educação grega se inicia com a elaboração de um modelo humano de herói, muito presente nas obras de Homero. Por isso é que se pode afirmar que primeiramente a poesia e o mito foram a fonte educadora, se tornando de suma importância para a formação e a valorização das virtudes heróicas.
“Uma educação consciente pode até mudar a natureza física do homem e suas qualidades, elevando-lhe a capacidade a um nível superior. Mas o espírito humano conduz progressivamente a uma descoberta de si próprio e cria, pelo conhecimento do mundo exterior e interior formas melhores de existência humana.”