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3252 palavras 14 páginas
Capı́tulo 9 – Gerê ncia de Memó ria
9.1 Introdução
Historicamente, a memória principal sempre foi vista como um recurso escasso e caro. Uma das maiores preocupações dos projetistas foi desenvolver sistemas operacionais que não ocupassem muito espaço de memória e, ao mesmo tempo, otimizassem a utilização dos recursos computacionais. Mesmo atualmente, com a redução de custo e consequente aumento da capacidade da memória principal, seu gerenciamento é um dos fatores mais importantes no projeto de sistemas operacionais. Enquanto nos sistemas monoprogramáveis a gerência da memória não é muito complexa, nos sistemas multiprogramáveis ela se torna crítica, devido à necessidade de se maximizar o número de usuários e aplicações utilizando eficientemente o espaço da memória principal.
Neste capítulo apresentaremos os esquemas básicos de gerência da memória principal, mostrando suas vantagens, desvantagens e implementações, numa sequência quase evolutiva. Esses conhecimentos serão úteis para a compreensão das motivações que levaram à ampla adoção do mecanismo de gerência de memória virtual nos sistemas operacionais modernos, apresentado no próximo capítulo. 9.2 Funções Básicas
Em geral, programas são armazenados em memórias secundárias, como disco ou fita, por ser um meio não-volátil, abundante e de baixo custo. Como o processador somente executa instruções localizadas na memória principal, o sistema operacional deve sempre transferir programas da memória secundária para a memória principal antes de serem executados. Como o tempo de acesso à memória secundária é muito superior ao tempo de acesso à memória principal, o sistema operacional deve buscar reduzir o número de operações de E/S à memória secundária, caso contrário podem ser ocasionados sérios problemas no desempenho do sistema.
A gerência de memória deve tentar manter na memória principal o maior número de processos residentes, permitindo maximizar o compartilhamento do processador e

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