Lofoscopia

Introdução

A impressão digital consiste na impressão total ou parcial das cristas de fricção de um dedo. Estas são perenes, imutáveis e únicas de cada dedo. São usadas para a identificação de indivíduos tendo em conta as características dos seus elementos, como as cristas de fricção, os sulcos, os poros e os pontos característicos (fragmento ou ponto; abrupta; olhal; convergência; bifurcação; empalme).
A recolha de impressões digitais em Portugal é efetuada com um método semelhante ao usado no FBI, com a impressão a ser feita num cartão onde são colocadas 10 impressões individuas roladas, de unha a unha, mais a impressões planas dos 4 dedos da mão direita juntos, assim como os da mão esquerda, e de ambos os polegares, assim como a informação demográfica. Para a impressão são usadas duas técnicas: placa com tinta (utiliza-se uma superfície plana e suave, como uma placa de metal ou vidro, onde a tinta é dispersada com um rolo específico e o individuo após passar o dedo na tinta, coloca-o no cartão); almofada de impressão digital (utiliza-se um material poroso no interior de um estojo que contém uma quantidade de tinta previamente medida, onde o individuo passa o dedo e posteriormente faz a impressão no cartão). Existe ainda o método de livescan, onde as impressões são efetuadas em suporte digital, passadas diretamente para imagem, o que não implica o uso de tinta nem dos cartões.
Ainda que importantes para a formação de prova, a recolhas das impressões digitais nem sempre é fácil, devido:
Ao estado da pele do autor - se a pele estiver seca, deve ser aplicado creme ou óleo nas pontas dos dedos para a tornar mais maleável; se a pele estiver demasiado suave, deve segurar um cubo de gelo nas pontas dos dedos;
Mãos e dedos deformados – conforme o grau e o tipo de deformação, os métodos de recolha são diferentes:
Dedos e mãos muito deformadas – aplicar da tinta diretamente no dedo, rodar um pequeno papel quadrado no dedo e colar este papel no cartão;
Dedos extras –