Litobr5501

6764 palavras 28 páginas
EDUCACIONAL

Angústia

Roteiro de Leitura
Sílvia

Graciliano Ramos

VIDA E OBRA DE GRACILIANO RAMOS
Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo, nas Alagoas, em fins de outubro de 1892. Lá passou sua infância e parte da adolescência, repartindo-se, com a família, entre as cidades de Buíque, Viçosa e Palmeiras dos Índios. Primeiro dos quinze filhos, Graciliano foi sempre visto pela família como um sujeito difícil, taciturno e introspectivo.
Fez os estudos secundários em Maceió, sem, no entanto, cursar nenhuma faculdade. O pai vivia do comércio e o filho mais velho foi aventurar-se: esteve, por breve período, no Rio de Janeiro, onde, por volta de 1914, trabalhou como revisor e redator nos jornais
Correio da Manhã e A Tarde.
Ao saber que três de seus irmãos tinham morrido de febre bubônica, retorna ao Nordeste e passa a ser jornalista, fazendo política também. Foi prefeito de Palmeiras dos Índios entre os anos de 1928 e 1930.
De 1930 a 1936 viveu em Maceió, dirigindo a Imprensa e a Instrução do Estado de Alagoas. E é de março de 36 a janeiro de 1937 que vive os mais difíceis dias de sua vida: acusado de subversivo e comunista, passa dez meses de prisão em prisão, sem saber do que o acusam, sem sequer ser ouvido em depoimento ou processado.
Desse tempo nascerá mais tarde Memórias do Cárcere, um relato que soma a angústia de existir, o medo e a inquietação. Muda-se para o Rio de Janeiro.
Homem problematizado. A mania de higiene sempre o acompanhou, há quem diga que ao manusear dinheiro, o escritor utilizava uma tesoura para não se sujar. Diziam ser um sujeito ríspido, que respondia aos cumprimentos de “bom-dia” com um seco “por quê?”.
Quando lhe pediam a opinião sobre algum livro, garantia: “Não li e não gostei.”
Em 1945, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro e, em 1952, viajou para a Rússia e países comunistas.
As dificuldades financeiras o acompanharam a vida inteira. Sua produção literária foi lenta e mal remunerada, acumulando funções além da de escritor. Nunca se

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