LITERATURA DE CORDEL

1625 palavras 7 páginas
Aula 4: Cultura popular e cultura erudita

Ao final desta aula, o aluno será capaz de:

1. Aplicar nossos conhecimentos sobre cultura e analisar a relação entre cultura popular e cultura erudita;
2. questionar julgamentos irrefletidos sobre a relação entre cultura popular e erudita, entendendo que não existe uma oposição espontânea entre estas duas modalidades culturais

AS DIVERSIDADES CULTURAIS – “Complexidade Cultural”
Porém, nenhum estudo “ produziu uma clara e aceita por todos do que seja cultura. Por cultura se entende muita coisa ( SANTOS, 1987)
Em contrapartida, o segundo termo, erudito, não é menos complexo e os problemas para se traçar os limite sobre o que estudaremos configuram-se significativos.
Ainda que as definições de cultura mais “genéricas” sejam aceitas, como sendo “tudo o que caracteriza uma população humana” (Santos, 1987), por critérios didáticos, e em virtude do foco temático da nossa disciplina, retringiremos o conceito de ´cultura´às manifestações artísticas e, ainda mais especificamente, à criação literária.
CULTURA POPULAR: DEFINIÇÕES E CONCEITOS E EXEMPLOS GERAIS
Analisando a cultura popular na Europa do século XVI a partir da literatura do escritor François Rabelais, Mikhail Bakhtin faz uma análise rigorosa sobre um dos aspectos que considerou marcante da cultura popular, o riso. O cômico na obra de Rabelais ofereceu a Bakhtin a chave para o antagonismo – reverência e irreverência.
A trama da obra O nome da Rosa, de Humberto Eco, gira em torno de uma série de assassinatos misteriosos e uma obra atribuída a Aristóteles, cuja temática, o riso, era considerada extremamente perigosa pelos eclesiásticos.
A descontração era uma espécie de marca dos excluídos (da cultura popular, extraoficial) enquanto para a Igreja (cultura erudita, oficial) a atitude compenetrada do homem austero protegia sua alma contra as influências do mal, sendo a postura que mais o aproximaria do bem e da verdade divina.

Por outro lado, numa

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