Literatura Brasileira

Um lugar para celebrar a palavra. Do encontro das vogais, consoantes, pontos, traços, acentos e rabiscos nasce o espetáculo da comunicação escrita e falada. Traduzida a seu modo, por quem quiser, por quem se der ao luxo de viajar nesse expresso. O expresso é um museu novo (fundado em 2006), interativo e surpreendente. De antigo, lá, destaca-se a língua, a nossa Língua Portuguesa e todas aquelas nas quais ela encontra sua raiz. “É a língua que faz do Brasil, o Brasil”, declama Regina Casé, que empresta sua voz a um dos vários documentos exibidos diária e constantemente no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista.

Logo na entrada é possível escutar as poesias cantadas por Arnaldo Antunes, que vão introduzindo o clima de literatura no ar. No elevador, escolha o terceiro e mais andar do espaço, onde, hoje é possível conferir uma mostra crítica de cartuns. Neste espaço também está instalado um pequeno teatro-cinema, onde são projetados mini documentários maravilhosos sobre a Língua Portuguesa e o povo latino.

No segundo andar do Museu, que está sediado ao lado da Estação da Luz, em frente à Pinacoteca do Estado, o viajante percorre um corredor de luzes, acompanhado a cada cinco ou dez passos, por uma nova trilha sonora. Não se assuste com o efeito das luzes que, ora vai, ora vem, deixa o local de iluminado a completo breu.
Uma linha do tempo desenhada na parede, com imagens pintadas e projetadas, nos conta um pouco dessa mistura que é e faz o Brasil, o brasileiro e a língua brasileira, ops, Língua Portuguesa. O destaque, sempre, sempre, é a palavra, contemplando sua importância à evolução na história do País e do próprio povo. “Nossa matéria-prima é a palavra. A palavra, como som, como sentido, como prática, como senha, como signo cultural distintivo, como argamassa social, como história, como objeto, como identidade mutável e mutante”, destaca outro documentário a frase escrita pelo poeta e ensaísta baiano Antônio Risério.

Não deixe de ir até o final