Linguagem Sexista

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL DEPTO.DE POLITICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL APLICADO

A LINGUAGEM SEXISTA

Verônica Regina Xavier

Dezembro de 2007

Apresentação
O presente trabalho tem por finalidade apresentar como a linguagem sexista está presente no nosso cotidiano e inerente a ele, impregnado em nossa cultura, incorporado com algo normal, representando assim o triunfo da hegemonia masculina e da concepção de que este é superior.
Busca através de uma breve análise, mostrar como nos meios de comunicação essa lógica é presente e dominante.

“Os cariocas do ano. Eles contribuíram com idéias e realizações para fazer do Rio uma cidade melhor”.

A matéria escolhida se trata da capa da Veja Rio, de 21 de Novembro de 2007. A frase de capa se refere às pessoas públicas, que tiveram algum destaque este ano. Na foto, homens e mulheres, nas palavras, um explícito sexismo lingüístico.
Este é um exemplo clássico e muito fácil de ser encontrado, pois está arraigado em nossa cultura e é amplamente difundido, com o aval de gramáticos; então se usa o masculino, para referir-se aos dois gêneros.
A linguagem sexista é fruto de uma prática social sexista, pautada numa educação sexista, que vem se perpetuando ao longo da história. Com a divisão sexual do trabalho e os papéis sociais atribuídos a homens e mulheres, o gênero masculino sobrepôs-se ao feminino e, as relações de dominação/subordinação se cristalizaram. As instituições como a família, escola, igreja e Estado, são responsáveis pela definição