Ligações quimicas

1.INTRODUÇÃO

No ambiente a nossa volta temos diferenciados materiais, sendo alguns sólidos carvão), outros líquidos (a água), e gasosos (o ar). Alguns são duros (granito) e outros moles (cera). Alguns conduzem eletricidade (metais), outros não (borracha). Alguns quebram facilmente (vidro), outros já são mais resistentes (aço). Estas características se devem, na maioria das vezes, às ligações existentes entre os átomos, as ligações químicas, e à arrumação espacial que dai decorre, a estrutura geométrica do material. Hoje sabemos que, em condições ambiente, só os gases nobres são formados por átomos isolados uns dos outros, ou seja, átomos que tem pouca “vontade” de se unir com outros átomos. Sendo assim, dizemos que eles são muito estáveis ou pouco reativos. Os átomos dos demais elementos químicos, pelo contrário, não só se atraem mutuamente, como também atraem átomos de outros elementos, formando agregados suficientemente estáveis, que constituem as substâncias compostas. As forças que mantém os átomos unidos são fundamentalmente de natureza elétrica e são denominadas ligações químicas. Na metade do século passado, os cientistas já haviam percebido que o átomo de hidrogênio nunca se liga a mais de um outro átomo. Já no caso do átomo de oxigênio, perceberam que ele pode se ligar a dois hidrogênios, o átomo de nitrogênio a três hidrogênios e o átomo e carbono a quatro hidrogênios. Surgiu assim a ideia de valência como sendo a capacidade de um átomo ligar-se a outros. Foi no começo do século XX que os cientistas Lewis e Kossel chegaram a uma explicação lógica para as uniões entre os átomos, criando a teoria eletrônica de valência. De fato, consideremos as configurações eletrônicas presentes na Tabela 1:

Tabela 1 – Configurações eletrônicas dos gases nobres K
L
M
N
O
P
Hélio
2

Neônio
2
8

Argônio
2
8
8

Criptônio
2
8
18
8

Xenônio
2
8
18
18
8

Radônio
2
8
18
32
18
8

Com exceção do