Liderança

CAPÍTULO ?

PROCESSO DE MUDANÇA DE LÍDERES NA ORGANIZAÇÃO

A lógica da produção capitalista força o desenvolvimento de forças produtivas. A competição econômica impele as organizações a buscarem um desempenho maior, o que significa uma constante renovação do trabalho, da técnica e dos produtos, o que vai gerar uma espiral de mudanças. Esta situação começa a ser delineada a partir do final da Segunda Grande Guerra e o início da bipolarização entre socialistas e capitalistas – conhecida como Guerra Fria – que durou até o final dos anos 80. Segundo o filósofo Robert Kurz, o mundo está integrado em um único sistema, o que faz com que os países centrais sofram os efeitos das crises nos países periféricos. Outra questão levantada por ele é a que diz respeito ao novo padrão de produtividade gerado em função da concorrência no mercado mundial, uma nova forma que busca mesclar a necessidade de uma grande infra-estrutura com alta tecnologia e significativos investimentos. É interessante observar que este se torna um limite ao capitalismo, pois, pela primeira vez, o aumento da produtividade significa a dispensa de trabalhadores, o que atinge o mercado consumidor em seu ciclo mais importante. Nesse sentido e a fim de se adaptar a um novo modelo de empresa exigido pelo capitalismo atual, é que surge o conceito de organização pró-ativa, ou seja, aquela que não apenas reage às mudanças no mercado onde atua, mas que pretende influenciar este mercado. Estas empresas – também chamadas informacionais – geram forte pressão no sentido de novas mudanças, inclusive em termos de controle social.
No âmbito da Sociologia, a noção de controle social refere-se a processos de conformação do comportamento humano por meios diretos ou por meio das atitudes e significados que lhe são subjacentes. Uma das evidentes fontes de legitimidade da teoria organizacional como campo de estudo encontra-se no reconhecimento de que os padrões de conduta nos relacionamentos dentro das organizações