liberdadeds

1235 palavras 5 páginas
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/portugues/10_jose_regio_d.htm
Poema : Fado Português
O Fado nasceu um dia, quando o vento mal bulia e o céu o mar prolongava, na amurada dum veleiro, no peito dum marinheiro Ai, que lindeza tamanha, meu chão, meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutas de oiro, vê se vês terras de Espanha, areias de Portugal, olhar ceguinho de choro. Na boca dum marinheiro do frágil barco veleiro, morrendo a canção magoada, diz o pungir dos desejos do lábio a queimar de beijos que beija o ar, e mais nada, que beija o ar, e mais nada. Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido que aqui te faço uma jura: que ou te levo à sacristia, ou foi Deus que foi servido dar-me no mar sepultura. Ora eis que embora outro dia, quando o vento nem bulia e o céu o mar prolongava, à proa de outro veleiro velava outro marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava
José Régio

Foto de José Régio
Analise do poema:
“O Fado nasceu um dia, quando o vento mal bulia
E o céu o mar prolongava”
Esta frase mostra-nos como o fado é uma tradição portuguesa muito antiga
“que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava” → Anáfora e repetição
“meu chão, meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutas de oiro,” → Repetição
“vê se vês terras de Espanha” → Aliteração em s que beija o ar, e mais nada, que beija o ar, e mais nada. → Anáfora e repetição
Guarda bem no teu sentido que aqui te faço uma jura: que ou te levo à sacristia, ou foi Deus que foi servido dar-me no mar sepultura.
O sujeito poético jura pela sua morte que irá levar a amada Maria à sacristia, que se irá casar com ela.
Ora eis que embora outro dia, quando o vento nem bulia e o céu o mar prolongava, à proa de outro veleiro velava outro marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.
O sujeito poético faz referência também aos marinheiros, outra

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