Liberdade autodestruitiva

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Uma discussão antiga, mas que, vez por outra, volta aos debates diz respeito à legalização ou não do uso da maconha. Mas, afinal, por que ainda discutimos sobre o tema e que dúvidas ainda temos sobre os benefícios ou malefícios de uma tal legalização? Que vantagens e desvantagens a sociedade e os indivíduos teriam com uma possível legalização? Sob o ponto de vista da sociedade, talvez, a legalização do uso nos beneficiasse com um crime a menos no código penal, liberasse a polícia para ações mais relevantes, facilitasse a arrecadação de impostos sobre um novo produto e atraísse turistas para "recreativamente" consumir nossos baseados à moda brasileira. Porém, no que diz respeito a nós, enquanto indivíduos, usuários ou não: crianças, jovens e adultos, muitas vezes, submetidos às angústias das nossas crises existências, bem como da necessidade humana de nos tornarmos pertencente a um grupo; a legalização do uso nos deixaria expostos aos apelos da propaganda de uma sociedade cada vez mais consumista e aos encantos de uma droga que, comprovadamente, cria dependência física e psíquica, além das marcas negativas, tanto na auto-imagem como na autoestima, daqueles que se tornam vítimas da drogadicção.Assim sendo, não podemos ser ingênuos, apenas pensando que a legalização do uso recreativo da maconha, irá diminuir os índices de violência causados pelo tráfico, facilitar a arrecadação de impostos, disponibilizar um produto para terapêutica médica, com o qual poderemos preencher o vazio de nossas crises afetivas,familiares e de busca de sentido, pelo o contrário, a legalização apenas nos oferece um paliativo autodestrutivo para escravizar os nossos reais anseios de liberdade.

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