lhe.da escassez

2906 palavras 12 páginas
O objeto da Economia é o estudo dos fenômenos que envolvem a escassez. Os indivíduos, famílias, empresas, países, a sociedade, enfim, se deparam sempre com o fato de que seus desejos e necessidades extrapolam os recursos disponíveis para serem atendidos. Se comer todo o milho colhido, o agricultor não semeará e não terá milho no próximo ano. Se comprar uma casa, a família não poderá trocar de carro. Se exportar todo o aço que produz, o país terá menos matérias-primas para fabricar carros e construir edifícios e pontes.
De que modo, lidando com que forças, enfrentando que problemas, os homens administram a escassez? Como, vivendo em sociedade e dependendo uns dos outros, os indivíduos conseguem gerar e dividir entre si os bens e serviços necessários ao seu bem-estar, entendendo bem-estar como a condição em que o prazer é obtido ou a dor é evitada? Essa é a pergunta a que a Economia procura responder. Como as condições objetivas nas quais os homens se envolvem para produzir e distribuir os bens e serviços são mutáveis e diferentes de região para região geográfica, é de se esperar que a Economia tenha que se manter viva e adaptável para não perder sua pertinência. Apesar disso, ela mantém uma coerência interna quando não se desvia de seu objeto: a eterna necessidade humana de evitar que a escassez elimine a vida ou a torne demasiadamente custosa ou pouco apreciável. Lidar adequadamente com a escassez é aumentar a riqueza ou diminuir a pobreza. De forma mais precisa: chegar e permanecer num ponto entre a escassez e a abundância (evitando, portanto, a falta de bens e o excesso deles) é a condição necessária para o bem-estar. O fato de que evitar o extremo da escassez é necessário não carece de maiores explicações. Mas por que evitar a abundância? Por que a abundância de um bem é um excesso que cobrará seu preço em termos da escassez de outros bens. Quando alguém mantém em seu celeiro mais milho do que é capaz de consumir e utilizar para plantio, está deixando de

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